Imposto sobre o carro. Um grande vilão.
Depois de conhecer as opções de modelos e pesquisar as melhores ofertas, você finalmente decide comprar um veículo novo.
Mas já parou para pensar nos tributos pagos ao adquirir um automóvel?
No Brasil, o imposto sobre carros é bastante elevado, variam de 30% a 48,6% para os nacionais e entre 60,6% e 78,6% nos importados.
Especificamente para a aquisição de veículos, as taxas são: ICMS, IPI, COFINS e PIS, além do IPVA, seguro obrigatório e licenciamento.
Diante de tantas taxas e da diferença nas alíquotas, é difícil calcular com exatidão o preço de um carro sem os tributos.
Iniciativas como o Dia Livre de Impostos permitem ter noção de como seria adquirir um veículo sem eles.
Para se ter uma ideia, hoje um modelo cujo preço é de R$ 60.000 sairia por R$ 42.000, indicando que as taxas representam R$18.000,
valor equivalente a 29% do preço do automóvel, algo que reflete no bolso do consumidor desestimulando a compra.
Segundo dados do Anuário 2021 da ANFAVEA, em média, 30,4% do preço de um veículo no Brasil são tributos, enquanto que nos Estados Unidos o percentual é de 6% e no Japão, 9,9%.
ISENÇÃO PARA POUCOS.
Pessoas com deficiência (PCD) ou com necessidades especiais (PNE) contam com isenções na hora de adquirir um carro novo.
O deficiente físico condutor de veículos pode ser desobrigado a pagar ICMS, IPI e IPVA. Em alguns casos, a redução do IPI chega a 25%
e do ICMS a 12%.
Vale destacar que na lista de deficiências são incluídas doenças como Lesão por Esforço Repetitivo (LER), artrose e hérnia de disco,
por exemplo. No entanto, o processo para ter acesso aos descontos é longo, exige exames médicos e entrega da documentação pertinente.
ICMS. O QUE MAIS VARIA.
A principal variação é do ICMS, que difere conforme o estado. Além desse imposto, o percentual do IPI também pode ser variável,
de acordo com a capacidade do motor do veículo.
Assim, os carros com motor 1.0 pagam 7% e os 2.0, 11% (desde que ambos sejam flex-fuel). Modelos com motores 1.0 a 2.0 movidos
somente a gasolina pagam 13%. Para veículos com maior potência, o percentual fica entre 18% e 25%. Importados, por sua vez,
têm o IPI majorado (30% maior) e o imposto de importação.
No fim das contas, não há como contornar o pagamento dos tributos na hora de comprar um veículo novo.
A ESPERANÇA DE REDUÇÃO.
Existem vários projetos de lei em andamento que atuam no sentido de reduzir essa carga tributária sobre veículos automotores.
Por enquanto, o jeito é ir convivendo com esses impostos todos e torcer que o nosso bolso resista a todos eles. Tarefa nada fácil.